Em defesa do PT, Valmir desafia líder do PMDB na Câmara
Por De Brasília, Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves) | Fotos: Bocão News
Com
o PT sob bombardeio depois de um péssimo dia para o governo em
Brasília, é cada dia mais difícil defender o partido de tantos ataques.
Mesmo assim, o deputado federal Valmir Assunção topou o desafio e, no
final da manhã desta quarta-feira (6), desafiou o líder do PMDB na tribuna da Câmara dos Deputados.
Assunção
reclamou da postura do líder do PMDB, Leonardo Picciani (PMDB/RJ), que
nesta terça-feira (5) subiu à tribuna e exigiu que o
PT assumisse um posicionamento claro em relação à votação da MP 665 sob
pena de não contar com o partido na votação futura. Para o
baiano, Picciani é líder apenas de seu próprio grupo, não tem direito
de ditar regras ao PT e deveria cuidar do próprio jardim. “Ele tem que cuidar do PMDB. Do PT quem cuida é o líder [Sibá Machado], que foi eleito por unanimidade, não com um voto de diferença”, ironizou Assunção, em referência à votação apertada que elegeu o carioca líder dos peemedebistas em fevereiro. “Não podemos
aceitar de forma nenhuma que o líder do PMDB venha tentar estabelecer
regras e muitas vezes fazer chantagem aqui na Casa”.
O
parlamentar continuou a rebater Picciani, que disse que seguirá a
orientação do ex-presidente Lula e votará conta a eliminação de
direitos trabalhistas. Este entendimento é o que norteia os adversários
da PEC no Congresso. Para Valmir, se quisesse de fato seguir a orientação de Lula, o PMDB deveria ter outras atitudes.
“Se
seguisse a orientação do presidente Lula, estaria aqui discutindo
redução de jornada de trabalho. Se seguisse a orientação do presidente Lula, não tinha aqui utilizado todos os mecanismos para aprovar a terceirização aqui nesta Casa. Não tenho dúvida nenhuma
de que não tinha dito aqui que iria rever o modelo de partilha do
pré-sal. Então, não venha aqui em um momento desse, de crise nacional, tentar justificar a incapacidade ou a falta de vontade de votar com o governo”, disparou.
Valmir Assunção defendeu os argumentos de Lula e disse que o PMDB deve justificar entre suas próprias fileiras caso resolva não votar com o governo na MP 665. Apesar da investida do parlamentar, o PT continua dividido sobre o assunto. Em conversar reservadas, os petistas mais fechados com o governo dizem esperar que a votação tenha final feliz, mas não escondem que há forte divergência interna na base.
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