TURISMO NO TERRITÓRIO
O
Circuito Agro Eco-turístico e Cultural do Piemonte da Chapada Norte foi
idealizado em dezembro de 2018, com o intuito de diversificar e prolongar o
turismo regional que até então era apenas Junino. Nesse sentido, uma família da
Fazenda Mangabeira, município de Antônio Gonçalves, inspirada nos Circuitos
Agro Eco turísticos da região serrana do Espírito Santo, batizou o Circuito,
local apenas, como Circuito Mangabeira. Posteriormente, realizou-se uma reunião
na Biblioteca Pe. Miguel Gamara na sede do município de Antônio Gonçalves, com
participação de aproximadamente 40 pessoas, tendo como convidados o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e representantes de
Antônio Gonçalves, Pindobaçu e Campo Formoso.
Na ocasião,
foi feita uma apresentação da proposta pelos idealizadores e de imediato surgiu
à ideia de ampliação do Circuito, que passou a se chamar Circuito Agro Eco
turístico e Cultural do Pico da Redenção (ponto geográfico com maior altimetria
região). Nesse roteiro de 18 km que iria da Serra da Fumaça em Pindobaçu a
Campo Formoso, passando por Lutanda/Grota
Ferreira/Riachão/Bananeira/Mangabeira/BA 220, à época das primeiras reuniões,
já haviam sido identificadas seis Cachoeiras, Balneários, uma Barragem no Rio
Aipim, Serras, Trilhas, Pico da Redenção, três Engenhos de Cana de Açúcar,
Queijarias Artesanais, Cultivo de Uvas, Comunidades remanescentes Quilombolas e
potencial para cultivos de Café e Cacau, bem como as Unidades de beneficiamento
e consumo desses produtos, a exemplo de Chocolateira, Cafeteria, Laticínio,
Vinícola, além de Campings, Pousadas e Hotéis, Haras, Frotas de Quadriciclos,
Bicicletas, Jeeps, Cervejarias Artesanais etc.
No
decorrer do ano de 2019 o grupo foi recebido pelo Secretário Estadual de
Turismo Fausto Franco, que atendeu a solicitação de encaminhar Técnicos em
Turismo para mapear as potencialidades turísticas do circuito e da região. Na
visita dos Técnicos, pessoas do Departamento de Turismo de Senhor do Bonfim
fizeram acompanhamento nos demais municípios e a partir desse momento o
Circuito foi mais uma vez ampliado, passando a ser chamado pelo nome atual:
Circuito Agro Eco turístico e Cultural do PIEMONTE da Chapada Norte.
Em 2020, o grupo se reuniu no SEBRAE de Sr. do
Bonfim, com participação de representantes do setor de turismo das Prefeituras
Municipais, do setor Privado e com a inserção de representantes de instituições
de cunho intermunicipal, como o Consórcio Público de Desenvolvimento
Sustentável do Território Piemonte Norte do Itapicuru, o Colegiado Territorial
do TIPNI, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(CODEVASF) e do SEBRAE. Na ocasião, foi decidido traçar um roteiro principal
pelas estradas vicinais e trilhas já existentes na região serrana. Essa estrada
passou a ser chamada de Espinha Dorsal do Circuito, que vai da Serra da Fumaça
em Pindobaçu a Serra dos Morgados em Jaguarari, passando pelas Serras dos
Municípios de Antônio Gonçalves e Senhor do Bonfim, abraçando a quase
totalidade do território de Identidade do Piemonte Norte do Itapicuru.
Nessa
reunião, o SEBRAE colocou à disposição do Circuito o portfólio de produtos do
órgão ligado à Gestão do Turismo. O Consórcio Público se comprometeu, após
levantamento a ser realizado por cada Município, a elaborar uma planilha com
custos para tornar essa Espinha Dorsal transitável durante os 12 meses do ano,
o que induzirá ao Turismo Rural, ao Turismo de Base comunitária, e o escoamento
da produção Agrícola da região serrana, bem como enfrentar a ausência
históricos das populações locais e colaborar para a promoção de dignidade das
populações que habitam essas comunidades. Nos levantamentos prelimiranres
feitos e entregues ao Consórcio Público TIPNI, a planilha apresentava um
investimento aproximado de 6,5 milhões de reais, sendo entregue nas mãos do
Governador Rui Costa, que encaminhou a Secretária Estadual de Infraestrutura
(SEINFRA) para análise.
Já nesse
ano de 2021, o grupo se reuniu novamente na Agência do Sebrae Senhor do Bonfim,
e tivemos a grata informação, por do Consórcio Público TIPNI, que a SEINFRA
está solicitando o Projeto da Estrada que será a Espinha Dorsal do Circuito.
Para elaborar o projeto de estrada com valor real, é indispensável topografia,
cortes e cálculos, ou seja, um projeto básico para execução da obra. Desse
modo, foi orçado que para a realização destes estudos técnicos
(topografia/cálculos/projeto) haverá o custo aproximado de 900 reais por
Quilometro (Km), a ser custeado por cada Município, que terá seu território
cortado e beneficiado pela Espinha Dorsal do Circuito Agro Ecoturístico e
Cultural do PIEMONTE da Chapada Norte, em Contrato de Parceria com o Consórcio
Público. Nesse sentido, cada Prefeitura custeará a quilometragem que passar por
seu Município.
O
Consórcio Público já elaborou o Contrato de Parceria, que foi entregue aos
representantes municipais do Turismo para tomada de assinatura dos respectivos
Prefeitos, informando que até essa data apenas os Prefeito de Pindobaçu, Dr.
David Menezes, Laércio Júnior de Senhor do Bonfim Djalma Amorim Cardoso de
Antônio Gonçalves demonstraram em interesse, os demais aguardamos posição. É
válido ressaltar que uma obra desta envergadura trará impactos socioeconômicos
positivos duradouros, possibilitando o desenvolvimento do Turismo Territorial,
gerando emprego e renda para dezenas de pessoas, além de garantir a tráfego e a
segurança para todas as cadeias produtivas do entorno e colaborar para a
geração de dignidade para as populações locais que sofrem com a ausência,
sazonais, de condições de deslocamento. A médio e longo prazo a efetivação da
Espinha Dorsal do Circuito se demonstra vetor significante de desenvolvimento
territorial para diversos segmentos econômicos, alguns com valor agregado alto,
como o Turismo.
Por fim, o Custo Benefício excelente para cada
município diretamente impactado com impactos benéficos duradouros. O que
compete a cada Município não é a execução da obra, nem a realização dos
levantamentos para o projeto básico, trata-se apenas do investimento baixíssimo
para garantir mais estradas para o Território, a serem executadas pelo Governo
do Estado.
Considera-se
que essa região, desde suas origens até os dias atuais, serve de visitação
constante aos mais diversos pontos de seus santuários ecológicos como as serras,
cachoeiras, trilhas naturais, montes, além das manifestações religiosas, a
exemplo do festejo às almas penadas de Bananeira de Santa Efigênia, na
sexta-feira santa, bem como as bandas de calumbis e as famosas festas de
cavalgada. Tudo isso já acontece de maneira involuntária e sem apoio logístico
e institucional, e não obstante por todo esse potencial é que vimos à
necessidade de uma organização em conjunto com toda sociedade e o poder
público.
Diante do
exposto, solicitamos de todos os segmentos da Sociedade, a exemplo: das
Prefeituras Municipais, Câmaras de Vereadores, entidades da Sociedade Civil,
Associações Comerciais de Produtores Rurais, Sindicatos, Universidades,
Imprensa Falada, Escrita, Televisiva e Virtual todo apoio no intuito de melhor
desenvolver o Turismo Regional. Esse, além de gerador de emprego e renda, é
principalmente disseminador e educador na área de preservação ambiental e
Desenvolvimento Sustentável. Esse Grupo de Trabalho solicita também fazer parte
do Colegiado de Desenvolvimento Territorial - CODETER do Território de
Identidade PIEMONTE Norte do Itapicuru.