terça-feira, 12 de julho de 2016

Figorífico da Bahia inicia o abate de jumentos

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Um frigorífico instalado há pouco mais de dois anos no município de Miguel Calmon, município localizado no Piemonte da Chapada Diamantina, a 355 quilômetros de Salvador, começou nesta segunda-feira (11), o abate de jumentos, que terão o couro exportado para a China. No primeiro dia de trabalho nesse tipo de atividade, mais de 300 animais foram abatidos.
Frigorífico da Bahia inicia o abate de jumentos
Jumentos ficam confinados, por, pelo menos, 24 horas antes do abate (Foto: #AnB)
A atividade é licenciada pelo Governo do Estado e nesta segunda-feira, quatro veterinários da Secretaria da Agricultura acompanharam o abate dos primeiros jumentos, com o objetivo de conferir se todas as recomendações técnicas estavam sendo cumpridas.
Frigorífico da Bahia inicia o abate de jumentosLogo após a fiscalização, os funcionários do frigorífico continuaram a atividade que vai durar toda a segunda-feira.
Além do couro, outras partes do jumento vão ser aproveitadas no mercado da Bahia, segundo o gerente geral do frigorífico, Israel Augusto. “A carne do jegue abatido aqui está sendo doada para o zoológico de Salvador, que vai alimentar grandes animais. O resíduo restante vai ser transformado em ração animal, em uma indústria especializada”.
Mas os chineses não vão usar o couro do jumento para ser curtido e transformado em produtos como sapatos, bolsas ou similares. Em laboratórios especializados, é feita a raspagem da parte posterior do couro, para a produção de medicamentos e de alguns cosméticos, seguindo uma tradição da cultura milenar chinesa, em extrair esses produtos dos jumentos. “Na China,  a quantidade de jumentos é muito pequena para o que eles necessitam”, explica o Israel Augusto.
A portaria do governo é clara e impede que a carne de jegue seja usada para o consumo humano, mesmo, segundo Israel, isto ser possível do ponto de vista nutricional.

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