sexta-feira, 25 de setembro de 2020

 Antracnose

A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, ocorre em ramos, folhas, frutos e inflorescências. Os frutos podem apresentar manchas ou lesões escuras um pouco deprimidas por toda a sua superfície, desde o pedúnculo, e com aspecto úmido. A casca pode se romper e os frutos infectados chegam ao mercado geralmente apodrecidos. Quando ocorre em frutos novos, estes podem cair prematuramente ou o fungo pode permanecer em latência até que amadureçam.

As flores afetadas enegrecem e secam o pedúnculo, prejudicando a frutificação em toda a panícula. Na ráquis da inflorescência e suas ramificações, aparecem manchas de coloração marrom escura, profundas e secas, alongadas no sentido longitudinal, destruindo grande número de flores. As folhas podem ser afetadas, apresentando-se manchadas de marrom, de forma oval ou irregular e tamanho variável. As lesões aparecem no ápice, margem ou centro da folha, podendo se romper quando a incidência da doença é muito alta.



Como medidas de controle, deve-se observar que:

  • Por depender muito das condições climáticas, primeiramente, o produtor deve adotar o sistema de inspeção freqüente no pomar, quando as condições de temperatura e umidade relativa são favoráveis à doença, principalmente nos períodos de floração, frutificação e colheita.
  • Quanto às medidas culturais, sugere-se analisar, primeiramente, o espaçamento do plantio, considerando-se as copas de cada variedade, de modo que não comprometam a ventilação e a insolação entre as plantas, bem como as podas leves e periódicas, para abrir a copa e aumentar a aeração e penetração dos raios solares. As podas de limpeza, para eliminação dos galhos secos e frutos velhos remanescentes, são recomendadas, como também, o recolhimento de materiais vegetais caídos no chão, a fim de reduzir as fontes de inóculo do fungo no pomar.
  • A associação do controle químico também é indispensável, principalmente logo após a poda e nos períodos anterioes à abertura das flores, durante o florescimento e na frutificação. Os produtos podem ser à base de cobre e mancozeb, em intervalos variáveis de quinze a vinte dias, dependendo das condições climáticas e da gravidade da doença. Recomenda-se a alternância de fungicidas de contato com os sistêmicos para evitar o aparecimento de estirpes resistentes do fungo.
  • No tratamento pós-colheita, tem-se observado algum efeito positivo com a imersão dos frutos em tanques com suspensão de thiabendazole a 0,01%, imazalil ou prochloraz, como também no tratamento hidrotérmico, na faixa de temperatura de 50 a 55ºC, durante 5 minutos. 


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