Ciro diz torcer para que Lula tenha provada sua inocência
Por Redação BNews | Fotos: Jorge William/Agência O Globo
O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), comentou a
condenação do ex-presidente Lula em post nas redes sociais. O pedetista
disse que "torce" para que o petista "tenha, enfim, provada sua
inocência". O ex-ministro, porém, também criticou o ex-presidente e
atribuiu a ele o fato de Michel Temer estar no poder.
"Ninguém está acima da lei e imune ao alcance da justiça, mas esta
condenação acontece ante uma grande revolta dos simpatizantes de Lula,
uma estranhíssima e patológica euforia dos que o odeiam", diz a nota.
Ciro falou, ainda, em "sentença sem uma prova cabal e simples".
Ciro também culpou Lula pela crise política que o Brasil vive e disse
esperar que a sentença dada um dia após a aprovação da reforma
trabalhista seja apenas coincidência. Confira o texto na íntegra:
"O Brasil vive um momento muito grave e muito triste. O ódio
sectário praticamente domina o debate político. Ontem, grande maioria do
Senado Federal aprovou uma selvageria que nos remete ao século XIX,
quando o trabalho não tinha a dignificação que a modernidade lhe
atribuiu, não sem o sacrifício de muitos que até morreram para que
mulheres, crianças e trabalhadores em geral fossem tratados com a
dignidade devida e não como engrenagens da selva do dinheiro a qualquer
preço.
Hoje, espero que seja só uma desagradável coincidência, numa
sentença de 216 páginas, condena-se o ex-presidente mais popular da
história moderna do Brasil a uma pena de prisão de nove anos e meio, por
corrupção.
Ninguém está acima da lei e imune ao alcance da justiça, mas esta
condenação acontece ante uma grande revolta dos simpatizantes de Lula,
uma estranhíssima e patológica euforia dos que o odeiam e ante uma
grande perplexidade da maioria do povo que não consegue entender uma
sentença sem uma prova cabal e simples, que todos possamos entender como
base de uma pena justa.
Considero Lula o grande responsável político pelo momento terrível
pelo qual passa o País. Foi traído, mas a ele, e somente ele, devemos a
imposição de um corrupto notório na linha de sucessão do Brasil, o
senhor Michel Temer.
Mas isto não significa que ele não tenha direito ao devido processo
legal. E é a isto que devemos nos ater. Que ele recorra às instâncias
superiores, que preserve a franquia democrática do devido processo legal
e que - torço – tenha, enfim, provada sua inocência.
Volto a ponderar: o ódio é o pior conselheiro num momento em que nosso povo amarga uma crise tão grave!"
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