Artistas, políticos e movimentos sociais fazem ato por diretas no Rio

Ao longo da tarde passarão pelo palco artistas como Caetano Veloso,
Teresa Cristina, Milton Nascimento, Mart'nalia, Mano Brown, Maria Gadu e
Pedro Luis. Atores como Wagner Moura também farão participações. As
atrações principais devem acontecer a partir das 14h30.
O tradicional bloco de Carnaval Cordão da Bola Preta subiu ao palco por
volta das 13h. Abriram o ato a dupla Emerson Leal e Gustavo Macako.
Cantaram uma paródia da música "Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua", de
Sergio Sampaio.
"Eu quero é votar/ Eu vou para a rua/ Lutar/ Poder escolher", dizia a versão que a dupla fez da letra.
A atriz Zezé Motta fez uma participação de surpresa. "Hoje é momento de lutarmos pelos nossos direitos. Há 30 anos cantei essas músicas. Achei que fosse cantar de novo só para festejar, mas a realidade se impõe", disse a atriz, que cantou "Senhora Liberdade", de Nei Lopes.
A atriz Zezé Motta fez uma participação de surpresa. "Hoje é momento de lutarmos pelos nossos direitos. Há 30 anos cantei essas músicas. Achei que fosse cantar de novo só para festejar, mas a realidade se impõe", disse a atriz, que cantou "Senhora Liberdade", de Nei Lopes.
O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), um dos autores de
pedidos de impeachment de Temer apresentados à Câmara, pediu união de
esquerda e direita para pressionar pela renúncia do presidente e contra
eleições indiretas. "O Brasil, que já esteve muito dividido, tem que
estar junto pelo direito do povo de escolher seu presidente. Não é
razoável que um Congresso que elegeu como seu presidente da Câmara o
Eduardo Cunha escolha no nosso lugar. Nosso desafio é unir o país. Este
ato não pode ser só de partidos, centrais sindicais, tem que ser da
sociedade brasileira. O que acontece aqui hoje tem que ser só um
primeiro passo", disse o deputado.
Também falou o vereador Brizola Neto (PDT-RJ). Estão previstos
pronunciamentos de representantes das frentes Brasil Popular, Povo Sem
Medo e Esquerda Socialista e do movimento Cultura Pelas Diretas-Já.
O público do ato misturava, até por volta das 13h, militantes de
centrais sindicais, estudantes e pessoas sem ligação com sindicatos ou
partidos. Guilherme Vaz, 40, e Debora Fleck, 35, levaram os dois filhos
pequenos, de quatro e dois anos, ao ato.
"Quero acostumar meus filhos a se politizarem", diz Vaz, que tem o
hábito ir a protestos contra o presidente Temer. "O momento é urgente.
Esse congresso não é confiável para escolher nosso próximo presidente",
completa Fleck.
Eles contam que se sentiram à vontade para trazer as crianças porque
atos em Copacabana costumam ser menos violentos do que aqueles que
acontecem no centro, em geral, com presença de adeptos da tática "black
bloc" e forte repressão policial.
O ato é organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que
reúnem grupos sindicais e movimentos sociais. Este deve ser o maior ato
pela renúncia de Michel Temer e convocação de eleições diretas desde a
manifestação da última quarta-feira (24), que acabou em violência, em
Brasília.
Uma proposta de emenda à Constituição prevê novas eleições em caso de
vacância da Presidência. Pela regra atual, a substituição de Temer seria
feita por eleição indireta, já que ele ultrapassou a metade do mandato.
Por Folhapress | Fotos: Mauro Pimentel/Folhapress
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