“Novo Eldorado” Descoberta de mina de pedras preciosas há 15 dias atrai mais de 7 mil pessoas à cidade baiana
Mulher exibe ametista que achou em mina da cidade (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)
Uma jazida de ametistas foi descoberta há cerca de 15 dias, no alto
de uma serra na cidade de Sento Sé, região norte da Bahia, e a
possibilidade de livre extração atraiu cerca de sete mil pessoas ao
local, mudando a rotina dos moradores. As pedras são comercializadas por
até R$ 3 mil o quilo.
A mina fica no alto da Serra da Quixaba, a 54 km do centro de Sento Sé.
Para chegar lá, o único acesso é uma estrada de areia, onde muitos
carros e motos atolam. No entanto, as dificuldades não têm impedido a
chegada de centenas de pessoas, até mesmo a pé. Descoberta de mina tem atraído centenas de pessoas a Sento Sé (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)
Muita gente montou acampamento no local e a negociação das pedras é
feita lá mesmo. O valor do quilo de ametista varia de R$ 500 a R$ 3 mil,
a depender da qualidade das pedras. Quem extrai as pedras precisa
encarar ainda a difícil escalada na Serra da Quixaba, que dura cerca de
40 minutos. Segundo os garimpeiros, são aproximadamente três mil metros
de altura. Estrada que dá acesso ao local onde há extração de ametista é de terra (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)
A descoberta foi o filho do agricultor Edvaldo dos Santos. “Ninguém
sabia. Nós começamos a cavar e achamos. Eu, meu filho e um colega meu”,
revela Edvaldo. A agricultora Clezoneide da Mata conta que também
conseguiu encontrar pedras na região. “A gente veio se aventurar aqui.
Mexendo com a mão, surgia debaixo da terra as pedras”, diz.
Com a chegada de vários grupos em busca de ganhar dinheiro com a venda
da ametistas, os preços de produtos no comércio de Sento Sé, como lojas e
supermercados, ficaram inflacionados. Uma garrafinha de 500 ml de água
mineral chega a ser vendida por até R$ 10.
Os valores para aluguel de casas também dispararam. Passaram de R$
400, em média, para até R$ 1.500. A maior movimentação acontece nas
lojas de ferramentas e materiais de construção, onde são vendidas pás e
picaretas, que auxiliam na extração da ametista.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) diz que teve
conhecimento do garimpo e que deve enviar uma equipe neste mês ao
local. Em 2016, a comercialização da ametista movimentou mais de R$ 5
milhões no estado. (Com informações do G1/BA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário