Cunha e Cleto aumentaram atuação na Caixa com entrada de Geddel, diz delator
O empresário Alexandre Margotto revelou em depoimento que o ex-deputado
Eduardo Cunha e Fábio Cleto, ex-vice presidente da Caixa, “ampliaram
suas atuações na Caixa com a entrada de Geddel”. O político baiano era
Geddel, que foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e
2013.
“O Geddel surge após o Fábio [Cleto] e também veio para o mesmo elo [de
indicações do PMDB]. Eles [Cunha e Cleto] ampliaram a atuação dentro da
Caixa com o Geddel”, afirmou, em delação divulgada pela Ministério
Público Federal, nesta segunda-feira (20).
Ainda segundo Margotto, Geddel e Cunha se conheceram “através de um
deputado muito influente no Rio de Janeiro”. O empresário, no entanto,
não soube informar quem proporcionou a amizade entre os dois.
Ainda na delação, Alexandre Margotto relata um suposto pagamento de
propina para Geddel. Durante o depoimento, porém, ele diz que “ouviu
falar” e não tem com confirmar a operação.
“O Geddel facilitou para aumentar o empréstimo e recebeu propina para
liberação de dinheiro. Se é verdade ou não é o que o Lúcio [Funaro] me
passou”, afirmou.
Neste domingo, o Fantástico revelou que Lucio Funaro - apontado como doleiro ligado a Cunha - mantinha influência sobre Geddel.
Segundo Funaro, ele mandava no Geddel. "Tinha muita influência sobre
ele na Caixa", revelou. Ainda em depoimento, segundo Margotto, Funaro
relatou ter ganho "muito dinheiro" com desvios operacionalizados por
Geddel.
De acordo com o delator, a propina era dividia entre Funaro, Cunha e
outros políticos como Geddel e o ex-presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves.
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