"Se algo acontecer, culpem o juiz", diz Trump sobre decreto
O presidente dos Estados Unidos Donald
Trump subiu o tom das críticas contra um juiz federal que reverteu sua
ordem de bloqueio de imigrantes de sete nações muçulmanas, e afirmou que
essas cortes estão dificultando a segurança das fronteiras do país.
Em uma série de tuítes nos quais ataca o
judiciário norte-americano, Trump afirmou que os americanos devem culpar
o juiz James Robart e o sistema do país caso algo aconteça. O
presidente não especificou quais ameaças o país enfrenta.
No
primeiro tuíte, Trump afirma que "o juiz abriu nosso país para
terroristas em potencial e pessoas que não tem nossos melhores
interesses em mente. As pessoas más estão muito felizes!".
Em seguida, presidente afirma que "não
acredita que o juiz poria o país em tamanho perigo. Se algo acontecer,
culpem a ele e ao sistema judiciário. As pessoas estão chegando aos
montes. Ruim!"
O presidente chamou Robart de "suposto
juiz" no sábado (4), um dia depois que o jurista, de Seattle, emitiu uma
ordem que removia o banimento de 90 dias de cidadãos do Irã, Iraque,
Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, além da proibição na entrada de
refugiados por 120 dias.
Trump acrescentou que havia orientado ao
Departamento de Segurança Interna para que "checasse cuidadosamente as
pessoas que entram no país, mas a corte está dificultando o trabalho".
O Judiciário norte-americano negou, ainda no sábado, que a decisão do juiz Robart fosse revertida.
O vice-presidente Mike Pence defendeu
Trump neste domingo (5), afirmando que o mandatário "tem todo o direito
de criticar outros poderes", em entrevista ao programa "Meet the press",
da NBC.
O presidente Trump diz que as medidas são
necessárias para proteger os EUA de militantes islâmicos radicais e
emitiu a ordem executiva que barrava a entrada dos cidadãos de sete
países no último dia 27. Entre outubro de 2015 e setembro de 2016, o
país recebeu 89,9 mil refugiados, sendo eles 10 mil sírios.
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