Em cidade do RN, candidato só não se elege em caso zero voto ou morte
“Se
nenhum candidato morrer até o dia da votação, todos seremos eleitos”.
Embora soe estranha, a afirmação do atual presidente da Câmara Municipal
de Lucrécia, município localizado no Rio Grande do Norte, Hélio Maia
(PR), é verdadeira. Lucrécia ganhou destaque no cenário político
nacional por ser a única cidade brasileira que não terá “disputa” para
as cadeiras na Câmara em 2016: são nove candidatos para as nove vagas
existentes. Além disso, a cidade é uma das 97 do Brasil que têm um único
candidato a prefeito na eleição deste ano.
O
pequeno município tem menos de quatro mil habitantes, dos quais 3.265
são eleitores que demonstram não se interessarem muito por política. Por
sua vez, os candidatos para o próximo pleito admitem que houve acordo
para a escolha de apenas um candidato a prefeito, mas que a ausência de
disputa para a a proporcional foi coincidência.
Dos
nove vereadores de Lucrécia, seis serão reeleitos e receberão um salário
bruto de R$ 2,8 mil. A professora Conceição Duarte foi escolhida em
convenção, realizada por oito dos dez partidos com representatividade na
cidade (DEM, PSD, PSDB, PR, PP, PTN, PMDB e SD), como a escolhida para
ser prefeita. Sem disputa, escolhida para ocupar o lugar de seu cunhado,
que teve a candidatura impugnada, a professora precisará apenas obter
mais votos válidos do que o número de votos em branco para garantir um
salário de R$ 9 mil, valor bruto da remuneração para o chefe do
executivo de Lucrécia.G1.
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