'Golpe': Associações de Direitos Humanos do mundo repudiam afastamento de Dilma
por Estela Marques
Associações internacionais de Direitos Humanos se
manifestaram sobre a decisão do Senado em afastar definitivamente Dilma
Rousseff (PT). A Fundação Internacional dos Direitos Humanos emitiu uma
nota em que diz reconhecer apenas a ex-presidente Dilma Rousseff (PT)
como chefa de Estado "democraticamente eleita". O comunicado foi
publicado na página da fundação no Twitter e no Facebook. "Consideramos
ilegítimo - uma vez que não se baseou em conduas passíveis de
impeachment - o processo de destituição realizado contra a presidenta
Dilma Rousseff, e expressamos nossa absoluta rejeição ao golpe de Estado
camuflado sob roupagem institucional, perpetrado com o único objetivo
de repudiar os resultados eleitorais", justifica a fundação. A
instituição considerou que "não pode se manter neutra" diante daqueles
que colocam a democracia em jogo por temerem perder seus privilégios. A
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) também se disse
preocupada com a destituição de Dilma, por considerar que o procedimento
deve contar com garantias mínimas da sanção, principalmente se afetar
os direitos humanos de uma pessoa. "O cumprimento destes princípios tem
particular relevância nos assuntos que lidam com funcionários públicos
eleitos por voto popular, como a presidenta Dilma Rousseff", diz a nota
publicada no site da instituição. A CIDH pediu que o Poder Judiciário
analisem o julgamento e destacou que organismos internacionais também
estão atentos ao caso e à repercussão que o processo tem nos direitos da
petista e na sociedade brasileira. Neste caso, já existe em análise uma
solicitação de medida cautelar.
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