Defesa de Lula entra na Justiça contra delegado da Polícia Federal
Por Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nessa
sexta-feira (28) que entrou com uma ação de reparação por danos morais
contra o delegado da Polícia Federal Felipe Pace.
Na ação, os advogados pedem o ressarcimento de R$ 100 mil por
entenderem que o delegado “atacou a honra e a reputação” de Lula ao
afirmar que o ex-presidente seria a pessoa citada pelo codinome “amigo”
em uma suposta planilha de pagamento de propina da empreiteira
Odebrecht.
“O citado delegado federal cometeu abuso ao usar de sua função pública
para afirmar, sem qualquer prova e, ainda, sem ser a autoridade
responsável pela investigação, que Lula seria o “amigo” mencionado em
uma suposta planilha que faria referência a supostas vantagens
indevidas”, argumentou a defesa.
Na segunda-feira (24), a Polícia Federal afirmou que investiga se
empresário Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, usava os
codinomes “amigo”, amigo de meu pai” e “amigo de EO [Emílio Odebrecht,
pai de Marcelo]” para se referir ao ex-presidente Lula.
Em um dos trechos do documento, a PF diz que a investigação das
planilhas apreendidas revelou “que os pagamentos no total de R$ 8
milhões foram debitados do saldo da conta-corrente da propina que
correspondia ao agente identificado pelo codinome de “amigo”. A PF diz,
no relatório, que há “respaldo probatório e coerência investigativa em
se considerar que o termo “amigo” faz referência à Lula.
No relatório, o delegado Felipe Pace disse que “a responsabilidade
criminal do ex-presidente da República” não é feita pelo grupo de
trabalho da Lava Jato, do qual ele faz parte, mas por outro delegado,
Márcio Anselmo, que já investiga Lula.
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